Não é fácil tentar perceber a atual crise dentro da Igreja, que por vezes pode parecer esmagadora. ~

Bento XVI indicou que a teologia de Ticônio pode ajudar a Igreja a entender, como expor e derrotar o mal dos “falsos irmãos” que se encontram escondidos dentro desta. As intuições de Ticônio, por sua vez, sobrepõem-se de várias formaas com a mensagem de Fátima. Se considerarmos os comentários de Bento XVI sobre Fátima à luz da “teologia ticoniana” do fim dos tempos, é-nos oferecida uma perspectiva única sobre a natureza da Igreja e da “anti-igreja” no seu confronto final.

“”Os bispos fazem, sob o pretexto do dom da igreja, aquilo que avança a vontade do diabo.””

– Ticônio, Comentário sobre o Apocalypse, século IV.

 

“The Antichrist belongs to the Church, grows in it and with it until the great discessio, which initiates the final revelatio.”

– Joseph Ratzinger, Observations on Tyconius’ Concept of the Church, 1956

It is not possible for the Church to survive if it passively defers the solution of the conflict that tears apart the ‘two-part body’ to the end of time.

– Giorgio Agamben, The Mystery of Evil: Benedict XVI and the End Times, 2013

A 22 de abril de 2009, durante a Audiência Geral, o Papa Bento XVI fez uma notável referência a um obscuro escritor cristão do Norte de África: Ticônio. No seu comentário ele (Ticônio), vê o Apocalipse acima de tudo como um reflexo do mistério da Igreja. Ticônio tinha chegado à convicção de que a Igreja era um corpo bipartido: por um lado, diz ele, ela pertence a Cristo, mas há outra parte da Igreja que pertence ao diabo.” [i]

Para Bento XVI, a conceção de Ticônio sobre o que irá acontecer à Igreja nos tempos finais proporciona um “elo perdido”, importante para compreender o momento sem precedentes na “economia da salvação” da qual o Santo Padre acredita que a Igreja e o mundo já chegaram; mas também oferece uma perspectiva sobre a sua “resignação” excepcionalmente enigmática.

Já em 1956, Joseph Ratzinger ficou intrigado com o teólogo africano do século IV quando, como jovem padre e professor, criou e publicou um ensaio intitulado “Reflexões sobre o Conceito da Igreja de Ticônio” no Liber Regularum'”. [ii] O ensaio em questão explora o que Ratzinger chama de: “o paradoxo de Ticônio”:

 

 

“o facto de um homem consciente e voluntariamente se colocar fora de qualquer comunhão eclesiástica concreta, enquanto ainda quer continuar a ser cristão, e acredita que pertence à verdadeira Igreja.” [iii]


Liber Regularum - Ticônio

Para Ticônio, a cidade do diabo existe tanto fora da Igreja como dentro da Igreja – não só entre os pagãos, mas também entre cristãos impostores.  Ticônio refere-se assim a uma misteriosa presença do mal dentro da história da salvação, que é vista ao longo das Sagradas Escrituras e que culmina na estrutura bipartida da Igreja: ela consiste em dois corpos distintos que coexistem na mesma instituição visível, mesmo que diametralmente se oponham um ao outro.

Ticônio identifica este corpo inimigo que se camufla com as armadilhas exteriores da Igreja usando dois termos bíblicos que considera permutáveis – o “mistério da iniquidade”[iv] e a “abominação da desolação”. [v] 

De acordo com Ticônio, esta entidade iníquíssima, abominável e adversa só será totalmente revelada no momento a que Ticônio chama de “o grande “discessio” (2 Thess 2:3). Algumas traduções desta palavra são: “apostasia” ou “revolta”. O termo latim tem claramente a sensação de “queda” ou “separação”. Só no momento da “queda” é que a condição bipartida do mundo – duas cidades, uma de Deus e uma do diabo – será totalmente exposta e exibida, naquilo que será realmente uma divisão “tripartida” – a verdadeira Igreja, a falsa igreja e o mundo dos pagãos.

Para Ticônio, só quando ocorre o “grande discessio” é que a distinção entre a verdadeira Igreja e a falsa igreja será finalmente manifestada. “Só no discessio será revelado o verdadeiro povo de Deus, a parte certa do corpo do Senhor.” [vi]

Fiéis Cristãos costumam assumir que o “desmoronamento” – a “separação”, a “partida” – será instigada por uma massa de pessoas que “saem” da Igreja, um êxodo maciço de incrédulos. No entanto, para Ticônio, o oposto é verdade. Ticônio entende que a grande “queda” dos tempos finais não será causada por infiéis que deixam a “noiva de Cristo”, mas sim pela “Noiva de Cristo” que se irá afastar daqueles que estão dentro dela e que lhe são infiéis. Por outras palavras: para Ticônio não serão os infiéis que se irão afastar, mas os verdadeiros crentes que se afastarão do verdadeiro mal dentro da Igreja; trata-se de facto, de uma inversão paradoxal.

Para Ticônio, é o novo Israel que deve partir no seu novo Êxodo. A verdadeira Igreja irá efetuar uma “grande apostasia” como forma de salvação [vii] dos seus inimigos. Num sentido real, a verdadeira Igreja forçará a apostasia à luz, pois o corpo do diabo, presente nos falsos irmãos que habitam a Igreja, já é, e sempre foi, apóstata.

Este facto foi apenas ocultado. Ticônio explica: 

“é necessário que o Anticristo seja revelado em todo o mundo, e da mesma maneira para ser superado em todo o lado pela igreja… Mas agora está escondido na igreja.” [viii]

E como é que os falsos irmãos vão enganar as pessoas a confiar na sua orientação? Ticônio é inequivocamente enfático sobre este ponto: estes falsos irmãos são frequentemente encontrados entre os líderes da igreja, os bispos. 

“Os bispos fazem, sob o pretexto de um dom da igreja, o que avança a vontade do diabo.” [ix] 

Os bispos oferecem à “besta” o revestimento de um cordeiro, enquanto esta os usa como porta-vozes para a sua agenda. Porém, uma vez promulgada a apostasia, a “Noiva de Cristo” (a verdadeira Igreja) lutará não só contra os falsos irmãos, mas também contra o mundo pagão, que terá juntado forças com os “falsos irmãos” numa frente demoníaca abertamente unida: 

“a todo o corpo do diabo que foi permitido por Deus.” [x]

Ticônio, Fátima e a grande apostasia

Visto à luz da teologia Ticoniana, os vários comentários de Bento XVI sobre o significado da mensagem de Fátima assumem um novo significado. Torna-se evidente que Bento XVI compreende a mensagem de Fátima no contexto da afirmação de Ticônio de que o maior mal para a Igreja nos tempos finais é o mal-escondido dentro dela mesma.

Durante a peregrinação de Bento XVI a Fátima, em maio de 2010, um repórter perguntou ao Santo Padre:

Sua Santidade, que significado têm as aparições de Fátima para nós hoje? Em junho de 2000, quando apresentou o texto do terceiro segredo na Sala de Imprensa do Vaticano, alguns de nós e os nossos antigos colegas estavam presentes. Foi-lhe perguntado se a mensagem poderia ser entendida, além do ataque a João Paulo II, para outros sofrimentos por parte dos Papas. É possível, na sua opinião, incluir nessa visão os sofrimentos da Igreja de hoje? [xi]”

Considerando que a Santa Sé tinha essencialmente fechado a porta do Terceiro Segredo de Fátima, a resposta de Bento XVI não foi nada menos que estonteante. Podendo mesmo ser vista como: “Ticoniana”:

(…) Para além desta grande visão do sofrimento do Papa, que podemos em primeiro lugar referir-nos ao Papa João Paulo II, é dada uma indicação de realidades que envolvem o futuro da Igreja, que estão gradualmente a tomar forma e a tornar-se evidentes. 

Assim, é verdade que, para além do momento indicado na visão, se fala, há a necessidade, de uma paixão da Igreja, que naturalmente se reflete na pessoa do Papa, mas o Papa representa a Igreja e, portanto, são os sofrimentos da Igreja que são anunciados. O Senhor disse-nos que a Igreja estaria constantemente a sofrer, de diferentes maneiras, até ao fim do mundo… Quanto às novidades que podemos encontrar nesta mensagem de hoje, há também o facto de os ataques ao Papa e à Igreja virem não só de fora, mas os sofrimentos da Igreja vêm precisamente de dentro da Igreja, do pecado que existe dentro da Igreja. Isto também é algo que sempre soubemos, mas hoje estamos a vê-lo de uma forma realmente aterradora: que a maior perseguição da Igreja não vem dos seus inimigos sem, mas surge do pecado dentro da Igreja…”[xii]

 

A declaração mais teologicamente carregada de Bento XVI foi o seu comentário sobre a visão que designa uma “paixão da Igreja”. De acordo com a avaliação de Bento, a revelação aos três filhos de Fátima foi sobretudo sobre essa paixão – os sofrimentos que se aproximam da Igreja, que ainda estão por desenrolar e que se vão “refletir na pessoa do Papa”. E, de onde surgirão os ataques que provocam esta paixão? Ele atestou: “Precisamente de dentro da Igreja.”

Analisando os comentários de Ratzinger, um autor postulou o seguinte:

Quando o Cardeal falou das últimas coisas, referia-se ao que o profeta Daniel disse que aconteceria no final. Referia-se aos tempos finais – as últimas coisas; ou como se pode dizer em grego, eschata. As coisas escatológicas, os textos escatológicos das Escrituras. Este é o Terceiro Segredo…”[xiii]

Avaliando outras mensagens da Virgem Maria dos locais de aparição aprovados pela Igreja, está-se inclinado a concordar com este autor. Além disso, dois cardeais que leram pessoalmente o Terceiro Segredo oferecem mais credibilidade a este ponto de vista. Primeiro, o Cardeal Oddi, um amigo pessoal do Papa João XXIII, que tinha discutido o segredo com ele, disse em testemunho a um jornalista italiano em 1990: “Ele [o Terceiro Segredo] não tem nada a ver com Gorbatchov. A Virgem Sagrada estava a alertar-nos para a apostasia dentro da Igreja [xiv]

Em segundo lugar, o Cardeal Ciappi, teólogo papal pessoal dos Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II, a comunicar com um Professor Baumgartner em Salzburgo, divulgou: “No Terceiro Segredo está previsto, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja começará no topo.” [xv]

 

 

Cardeal Luiggi Ciappi serviu como teólogo pessoal a cinco papas de 1955 a 1989 e foi elevado ao cardinalado em 1977.

Como aval final desta perspetiva, o Padre Gabriel Amorth,  exorcista-chefe de Roma, que conhecia pessoalmente o Padre Pio, deu uma versão quase idêntica, que atribuiu ao santo capuchinho e místico. Na verdade, ele afirmou: “Um dia, o Padre Pio disse-me com muita tristeza: ‘Sabes, Gabriele? É Satanás que foi introduzido no seio da Igreja e dentro de muito pouco tempo virá a governar uma falsa Igreja.”

Cronologicamente e teologicamente, o que tem a “grande apostasia” com “i novissimi” a que Ratzinger se referiu? É o seu eixo. São Paulo afirma na sua Segunda Epístola aos Tessalonicenses que a grande apostasia é o evento que desencadeará o início “das últimas coisas”, aquela que abre a porta para o advento do “filho da perdição”/ “o sem lei”/ “O Anticristo”. [xvi] Uma vez iniciado, não há volta a dar. O mundo e toda a humanidade terão entrado em rota de colisão com o destino.

A resignação e um "bispo vestido de branco"

Terá Bento XVI percebido que, enquanto Papa deveria dar início à separação entre a “verdadeira Igreja” e a “falsa igreja” e assim dar início à “grande apostasia” e expor os “falsos irmãos” que viriam a infiltrar-se na Igreja ao mais alto nível?

Com essa ideia em mente, olhemos agora para parte transcrita pela Irmã Lúcia sobre o terceiro segredo, que diz respeito ao Papa:

“E vimos com uma luz imensa que é Deus: ‘algo semelhante à forma como as pessoas aparecem num espelho quando passam à sua frente’ um bispo vestido de branco – tínhamos a impressão de que era o Santo Padre.” Outros bispos, padres, homens e mulheres religiosos subindo uma montanha íngreme, no topo da qual havia uma grande Cruz de troncos ásperos a partir de um sobreiro com casca; antes de chegar lá, o Santo Padre passou por uma grande cidade, metade em ruínas e meia a tremer a cada passo hesitante, aflito com dor e tristeza, rezou pelas almas dos cadáveres que conheceu pelo seu caminho.” [xvii]

Irmã Lúcia com o Papa João Paulo II

Ao reflectir sobre a visão da Irmã Lúcia, Antonio Socci propõe que o “bispo vestido de branco” e o “Santo Padre”  possam ser duas personalidades distintas. De forma provocadora questiona: “O “segredo, que tem duas figuras no centro – um bispo vestido de branco e um papa velho – fala-nos do presente. Quem são essas duas figuras?” [xviii]. Além disto, Socci relembra um desenvolvimento recente, o qual: “A 12 de Maio de 2017, em Fátima, o Papa Francisco disse que é o “bispo vestido de branco”. [xix].

A irmã Lúcia sempre foi extremamente atenta aos detalhes e cuidadosa a transmitir de forma exata o que a Virgem Maria lhe terá revelado. Ter-lhe-ia sido muito mais simples continuar a referir o “bispo de branco” como se fosse só uma e a mesma pessoa, mas não foi isso que fez. As suas palavras deixam claro que existem duas pessoas distintas: “o bispo vestido de branco” e o “Santo Padre”.

Bento XVI conhecia bem o quadro da teologia de Ticônio sobre os tempos finais. Sabia que “depois da unidade haverá outra separação” [xx]. Ele também sabia que “as pessoas santas, tendo sido avisadas por Deus, vão deixar” a falsa igreja, causando o “grande discessio“. Dentro de tal compreensão da “eclesiologia escatológica”- o que deve acontecer à Igreja nos tempos finais – as duas figuras descritas pela Irmã Lúcia teriam assumido um significado único na mente consciente de Joseph Ratzinger.

Parece bem possível que, a dada altura, o Papa Bento XVI tenha apurado a sobreposição e a intersecção da mensagem de Fátima e da teologia de Ticônio e, ao fazê-lo, tenha realizado a sua missão – que lhe era chamada, como Abraão, para se estabelecer na fé, “sem saber para onde ia”. [xxi]. Tomar a Igreja, como Abraão tomou Isaac, e preparar-se para oferecê-la como um holocausto [xxii]. Para que “de um homem, ele próprio tão bom como morto” [xxiii] numerosos descendentes um dia viessem à frente por causa da fé de Bento.

Um passo que só podia ser dado por causa de uma chamada direta e pessoal de Deus. Um passo que não faria sentido se fosse considerado em termos de cálculo humano ou prudência terrena. Mas um passo que iniciaria um novo Êxodo para o novo Israel na hora da sua “Última Páscoa, quando seguirá o seu Senhor na sua Morte e Ressurreição”. [xxiv].

Terá Bento XVI retirado do terceiro segredo de Fátima, de acordo com o ensino de Ticônio, que nos desenhos providenciais de Deus, o climax do confronto entre a verdadeira Igreja e a anti-igreja, só poderá ter lugar quando um “sucessor válido de Pedro”, permitisse a chegada do “Bispo vestido de branco”?. O que foi mostrado aos filhos de Fátima foi exatamente o que a Irmã Lúcia descreve – uma “imagem de espelho” – que parece ser o Santo Padre, mas que na verdade seria apenas um duplo? Estaria ainda a Irmã Lúcia a tentar comunicar e destacar esta “semelhança a um papa” quando disse: “Tínhamos a impressão de que era o Santo Padre”? Tencionaria ela colocar enfâse na palavra “impressão”? – “Tínhamos a impressão de que era o Santo Padre.” – Terá sido isto porque, quando o “bispo vestido de branco” finalmente aparecesse, o mundo inteiro estaria sob essa mesma “impressão”? Embora, na verdade, o bispo vestido de branco se assemelhasse apenas ao Papa, a forma como uma imagem é vista num espelho e se assemelha à realidade é a de uma imitação, de uma reprodução vazia. Se assim for, terá sido esta consciência que levou Bento XVI a partir na fé, tal como Abraão, “sem saber para onde ia”? [xxv]; entregando assim o poder prático sobre a estrutura visível da igreja, a um “bispo vestido de branco”, de modo a iniciar o “grande discessio“?

Nota: O presente artigo foi traduzido, transcrito e adaptado a partir do artigo original do autor Marco Tosatti’s no seu blog, Stilum Curiae
Os pontos de vista expressos / interpretações de autores de artigos transcritos e publicados no Média Áurea não são necessariamente subscritos pelos seus membros fundadores; servindo apenas como mais um ponto de vista para reflexão dos seus leitores.

Fontes:

i] General Audience: Ambrose Autpert (22 April 2009); Cf. –https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/en/audiences/2009/documents/hf_ben-xvi_aud_20090422.html.

[ii] Beobachtungen zum Kirchenbegriff des Tyconius im Liber regularum, J. RatzingerRevue d’ Etudes Augustiniennes Et Patristiques 2 (1-2): 173-185 (1956).

[iii] Id.

[iv] 2 Thess 2:7.

[v] Cf Dn 9:27; 11:31; 12:11; and Mt 24:15.

[vi] Id., 93 (note 22).

[vii] Da virtutis meritum, da salutis exitum, da perenne gaudium (The Sequence of Pentecost). The salutis exitum or “exit of salvation” is a “way out” of the Church’s trials that will bring about God’s salvific plan.

[viii] Id., 56.

[ix] Id., 135.

[x] Id., 135.

[xi] Interview of the Holy Father Benedict XVI with the Journalists during the Flight to Portugal (Papal Flight, 11 May 2010). Cf. – https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/en/speeches/2010/may/documents/hf_ben-xvi_spe_20100511_portogallo-interview.html.

[xii] Id.

[xiii] Fr. Paul Kramer, The Mystery of Iniquity (Liberty Lake: Unmasking Iniquity Association, 2012) 132.

[xiv] Fr. Paul Kramer, ed., The Devil’s Final Battle (The Missionary Association, Terryville, Conn., 2002) 33. Cf. Fatima Center, Some Other Witnesses (1930’s-2003).

[xv] See Father Gerard Mura, “The Third Secret of Fatima: Has It Been Completely Revealed?”, Catholic magazine, (published by the Transalpine Redemptorists, Orkney Isles, Scotland, Great Britain) March 2002. Cf. Fatima Center, Some Other Witnesses (1930’s-2003).

[xvi] 2 Thess 2.

[xvii]  https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_ doc_20000626_message-fatima_en.html

[xviii] The Secret of Benedict XVI (Brooklyn: Angelico Press, 2019), 141.

[xix] Id. See also the Missal of the Apostolic Visit to Portugal, May 12, 2017:  “as bishop dressed in white [como bispo vestido de branco], I remember all those who, robed in baptismal white, want to live in God and pray the mysteries of Christ to attain peace.”

[xx] Tyconius, “Exposition of the Apocalypse,” 58.

[xxi] Heb 11:8.

[xxii] Gen 22.

[xxiii] Heb 11:12.

[xxiv] Catechism of the Catholic Church para. 677.

[xxv] Hebrews 11:8

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